- Um estudo realizado pelo Centro Nacional de Doenças Infeciosas de Singapura e pela Academia de Medicina de Singapura indicou, para doentes sintomáticos, um período de infeção entre os 9 e 12 dias desde o início dos sintomas, sendo que a partir desse momento não existe a possibilidade de transmissão de partículas virais viáveis.
- A notificação de novos casos por parte da Direção-Geral de Saúde ocorre, para os casos sintomáticos, após o aparecimento de sintomas e ainda através de testes realizados em contactos diretos de pessoas infetadas ou mesmo rastreios. Deste modo, é necessário incluir uma margem de segurança de 48 a 72 horas devido a este ser o período mínimo de incubação para o SARS-CoV-2, segundo o CDC.
- Segundo o estudo mencionado no 1º ponto, apesar da escassa existência de dados relativos aos infetados assintomáticos, é esperado que a dinâmica seja muito semelhante à dos sintomáticos.
- Para cada infetado existem 2 outcomes possíveis sendo estes a recuperação ou o óbito. Apesar de ser importante o conhecimento da distribuição dos óbitos – uma das informações que não são divulgadas pela DGS – o dado mais importante para o cálculo seria a existência de dados relativos ao número médio de dias entre o momento de deteção do caso e o óbito. Tal permitiria atribuir um percentual para cada região diferenciado dos casos de recuperação. A inexistência deste dado leva à necessidade de atribuir o intervalo a ser definido para recuperação como para óbitos.
- Segundo a Direção-Geral da Saúde, 80% dos casos são ligeiros/assintomáticos não necessitando de qualquer cuidado médico e 20% dos casos poderão necessitar de cuidados especiais.
- Segundo a Organização Mundial de Saúde, os casos ligeiros/assintomáticos apresentam-se como recuperados numa média de 14 dias sendo que os restantes 20% variam entre 3 a 6 semanas.
Com base nos pontos acima e não existindo dados diferenciados para cada região/concelho relativamente à distribuição de casos ligeiros a casos graves, foi atribuído para o cálculo um tempo de recuperação de 15 dias para 80% dos casos e 30 dias para os 20% de casos que podem necessitar de cuidados diferenciados. Deste modo é possível apresentar uma perspetiva da situação relativa aos casos ativos em cada concelho, região do país e ainda por área de influência hospitalar.
A metodologia utilizada poderá sofrer alterações à medida que novas informações e estudos o justifiquem.